sábado, 4 de junho de 2011

Nariz entupido

Rosalvo, 4 anos, é levado pela mãe ao otorrinolaringologista por apresentar febre há 2 dias, com queda do apetite. Está tossindo e com coriza espessa há 8 dias. Nega episódios semelhantes anteriormente. Nega alergias. Com a hipótese de rinossinusite aguda, o médico prescreveu cefalexina por 10 dias, além de dipirona e orientação para hidratação e lavagem nasal com soro fisiológico. A mãe retorna com o paciente 3 dias depois dizendo que os sintomas persistiam, apesar do uso correto da medicação.
Exames complementares
Hemograma:Hemácias: Hb: 10,5 g/dL; Ht: 35,4%. ­ Leucócitos: 7.200 /L (segmentados: 3600; eosinófilos: 0%; basófilos:144; linfócitos típicos: 3168; linfócitos atípicos: 0%; monócitos: 288). Plaquetas: 250.000/L.

9 comentários:

  1. As infecções das vias aéreas superiores (IVAS) são a causa mais comum de atendimentos médicos por infecções respiratórias agudas e resultam em morbidade significativa. De acordo com pesquisas recentes, as IVAS já poderiam ser classificadas como IVAS de repetição a partir de 3 ou mais infecções por período ou semestre de outono-inverno.

    Segundo um estudo realizado com crianças ambulatoriais com queixa de infecções de repetição, verificou-se que aproximadamente 50% delas eram crianças provavelmente saudáveis, 30% eram crianças alérgicas, 10% eram portadoras de alguma patologia crônica e 10% eram imunodeficientes. Por isso, o acompanhamento de crianças com IVAS de repetição deve ter como ponto de partida a tentativa de identificar uma causa de base para os processos respiratórios recorrentes.

    As crianças provavelmente saudáveis, em geral, apresentam crescimento e desenvolvimento normais. Os episódios infeciosos são curtos e não costumam evoluir com complicações. Entre esses episódios, a criança permanece bem e, muitas vezes, eles ocorrem após exposição a um ambiente novo, como o berçário ou a creche.

    É muito importante tentar caracterizar cada episódio de infecção passado, com o objetivo de se certificar de que foram realmente infecciosos ou não. Para isso, é indispensável uma anamnese detalhada com questões sobre presença, intensidade e duração da febre, comprometimento do estado geral, necessidade e resposta a medicamentos como antibióticos e corticoides, ocorrência de complicações, resultados de exames realizados na época etc.


    >> >> IVAS - medicina.net

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  2. Como ficamos de falar sobre infecções de vias aéreas superiores (IVAS) vou falar sobre Laringite viral aguda (também denominada de crupe viral). É uma inflamação da porção subglótica da laringe, que ocorre durante uma infecção por vírus respiratórios. A congestão
    e edema dessa região acarretam um grau variável de obstrução da via aérea.
    Acomete com maior freqüência lactentes e pré-escolares, com um pico de incidência aos dois anos de idade. A evolução pode ser um pouco lenta, com início do quadro com coriza, febrícula e tosse. Em 24-48 horas acentua-se o
    comprometimento da região infraglótica, com obstrução de grau leve a grave e proporcional dificuldade respiratória. A evolução natural, na maioria dos casos, é a persistência do
    quadro obstrutivo da via aérea por 2-3 dias e regressão no final de cinco dias.
    O vírus parainfuenza I e II e o vírus sincicial respiratório são os agentes causais mais comuns. Adenovírus, influenza
    A e B e vírus do sarampo também podem estar envolvidos.
    O micoplasma, com menor freqüência, pode estar envolvido em casos agudos de obstrução de vias aéreas superiores.

    Sinais e sintomas
    – Pródromos: coriza, obstrução nasal, tosse seca e febre baixa.
    – Evolução: tosse rouca, disfonia, afonia ou choro rouco e estridor inspiratório. Em casos de obstrução mais grave, surge estridor mais intenso, tiragem supra-esternal, batimentos de asa do nariz, estridor expiratório e agitação. Nos casos extremos, além de intensa dispnéia
    e agitação, surgem palidez, cianose, torpor, convulsões, apnéia e morte.

    (Pitrez PMC. Infecções agudas das vias aéreas superiores. Jornal de Pediatria - Vol.79, Supl.1, 2003)

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  3. Em homenagem a Andrezza, foi falar de rinossinusite aguda:é definida como uma resposta inflamatória da mucosa que
    reveste as fossas nasais e cavidades paranasais. Devido à continuidade do
    revestimento mucoso das fossas nasais e seios paranasais, através dos óstios de
    drenagem dos seios, os processos inflamatórios das fossas nasais freqüentemente
    são acompanhados por respostas semelhantes na mucosa de revestimento das
    cavidades paranasais.
    Os fatores predisponentes podem ser:
    -ambientais ( vírus, poluição, tabagismo super-antígenos bacterianos, fungos
    -gerais do hospedeiro: estresse, genética
    -locais do hospedeiro: anatomia, inflamação da mucosa nasal.

    Classificação:
    -aguda:até 4 semanas de sintomas
    -subaguda: entre 4 e 12 semanas
    -crônica: >12 semanas

    De acordo com o mesmo Consenso, a rinossinusite aguda inicia-se quando,
    frente a uma infecção das vias aéreas superiores (IVAS), os sintomas pioram após o
    quinto dia ou persistem por mais de dez dias. Estes sintomas podem durar até
    quatro semanas, desaparecendo completamente após o tratamento.

    Etiologias mais comuns, nesta ordem: Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella
    catharralis, Staphylococcus aureus e Streptococcus beta-hemolíticos.

    Clínica:
    Obstrução nasal, rinorréia mucopurulenta, rinorréia posterior, cacosmia,
    halitose, tosse e hipertermia podem ser encontradas. Sensação de peso facial e
    cefaléia também são freqüentes

    Dx: endoscopia nasal, Rx( frontonaso, mentonaso,perfil, axial de hirtz), TC, RNM,

    -Sinais de alerta para complicações:
    Quando os sintomas dor e febre não melhoram com 72 horas e
    antibioticoterapia adequada.
     Surgimento de edema e/ou eritema palpebral.
     Alterações visuais.
     Cefaléia intensa acompanhada por irritabilidade.
     Sinais sistêmicos de toxemia.
     Sinais de irritação meníngea.

    Tto:
    -inicialmente indicada a amoxacilina para infecções leves ou moderadas.
    -Opções nos casos mais severos ou com má resposta à amoxacilina são a associação amoxicilina-ácido clavulânico, cefalosporinas de segunda geração, (cefuroxima),de terceira geração (ceftriaxona, somente para uso parenteral) e quinolonas (levofloxacina, moxifloxacina).
    -O tempo preconizado para a antibioticoterapia é de 10 a14 dias.
    -Os corticóides podem auxiliar na diminuição do edema e melhora da
    drenagem pelos óstios dos seios paranasais.
    -O único tratamento coadjuvante com efeitos cientificamente provados na
    rinossinusite é a lavagem das fossas nasais com soluções salinas isotônicas e
    hipertônicas.

    Saber Digital: Revista Eletrônica do CESVA, Valença, v. 1, n. 1, p. 201-210, mar./ago. 2008

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  4. Falando logo sobre rinossinusite (já que o tempo é curto pra discussão)......

    As rinossinusites constituem um grupo peculiar das infecções das vias aéreas superiores, pois são de difícil comprovação diagnóstica, sendo, frequentemente, um problemas para a intervenção terapêutica.

    Podem ser de origem irritativa, alérgica, viral ou bacteriana.

    Os agentes etiológicos mais comuns na faixa etária pediátrica são o S pneumoniae e H influenzae (somados correspodem a 70% dos casos).

    O quadro clínico varia com a etiologia (Candice já descreveu logo acima).

    Tratamento de escolha: amoxicilina. A segunda escolha são os macrolídeos, caso haja alergia às penicilinas!!!

    (Figueira F. Pediatria, 3a ed. 2004)

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  5. Oi pessoal, sei q é tarde mas estava lendo e achei coisas interessantes sobre pneumonias atípicas em crianças - com foco em micoplasma!! [Link: http://www.scielo.br/pdf/jped/v86n6/v86n6a02.pdf ] "Na pneumonia por micoplasma (Mycoplasma pneumoniae - MP) e nas pneumonias virais que aparecem juntamente com o sarampo, a síndrome respiratória aguda
    grave (SRAG) e a influenza, os pacientes apresentam leucopenia com linfopenia. A pneumonia por micoplasma foi relatada em
    10 a 40% dos casos de pneumonia adquirida na comunidade e apresenta uma incidência ainda maior durante as epidemias. Embora existam algumas variações geográficas e de época, a infecção por MP é endêmica nas maiores comunidades mundiais, com epidemias cíclicas de 3 a 7 anos, que duram de vários meses até anos."
    "A patogênese da lesão pulmonar na infecção por MP não é conhecida,mas evidências clínicas e experimentais apoiam a noção de que ela está associada à resposta imunitária excessiva do hospedeiro, incluindo resposta imune mediada por célula..."
    "Em geral, a maioria das pneumonias
    bacterianas em crianças saudáveis responde ao tratamento com antibióticos dentro de 48 a 72 horas após o início do tratamento. O pediatra pode ficar confuso quando os pacientes
    têm uma pneumonia progressiva apesar do tratamento com antibióticos. Nesse momento, o acompanhamento e a contagem diferencial de leucócitos podem ser úteis na diferenciação
    do agente causador. Se o paciente com pneumonia apresentar uma contagem de leucócitos diminuída com uma contagem
    de linfócitos mais baixa, poderá ter uma possibilidade maior de apresentar pneumonia viral ou por micoplasma.
    Sabe-se que os achados radiológicos torácicos da pneumonia por micoplasma são variados." "Padrões intersticiais e/ou broncopneumônicos
    similares à pneumonia viral são mais comuns,
    mas os padrões de pneumonia segmentar e/ou lobular com derrame pleural similar à pneumonia bacteriana típica (S. pneumoniae) também são evidentes."
    "As manifestações clínicas da pneumonia também podem ser diferentes de acordo com a idade do paciente (o estado da maturação imunitária). Demonstramos que, nas epidemias por micoplasma e na gripe pandêmica de 2009, as crianças menores (< 5 anos) tinham uma evolução clínica relativamente leve com um padrão de pneumonia do tipo menos grave (isto
    é, consolidação alveolar rara) comparadas a crianças mais velhas (> 6 anos)."

    Acho que é um bom resumo..espero que dê um bom direcionamento para nós!!

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  6. Sometime stuffy nose Can Be Dangerous to health .. Its better to take Treatment As Soon As Possible ..

    tadalis online

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