quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dor de cabeça muito forte

Jandira, 10 anos, parda, natural e procedente de Jaboatão dos Guararapes (PE), apre-senta febre alta (39,5oC) há dois dias, de início súbito, contínua. Há 24 horas queixa-se de cefaléia holocraniana, pulsátil, de intensidade crescente, acompanhada de episó-dios de vômitos em jato, sem relação com a alimentação. Ao exame, apresenta rigidez de nuca, sinais de Kernig e Brudzinski presentes.

30 comentários:

  1. A respeito do questionamento sobre se hemorragias cranianas poderiam originar febre:
    A febre pode ser causada por qualquer anormalidade(ex. tumor cerebral) que afete o centro regulador da temperatura (hipatálamo). Fato interessante ocorre quando é feita operação cirúrgica na região do hipotálamo,o que geralmente resulta em uma febre grave.
    Tratado de Fisiologia Mádica -Guyton e Hall 11ªed

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  2. sinal de kernig:o paciente refere dor à extensão completa dos joelhos; sinal de brudzinski: o paciente apresenta um reflexo de flexão do quadril e dos joelhos ao fletir o pescoço. esses são sinais indicativos de irritação meníngea menos frequentes que a rigidez de nuca e ocorrem devido a inflamção da raiz nervosa espinhal.
    DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS-Sylvia Lemos

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  3. lembrar que esses sinais de irritação meníngea são mais difíceis de serem encontrados em crianças menores, onde encontro um quadro mais inespecífico, como hipoatividade, recusa alimentar, vômitos,convulsões e hipo ou hipertermia.
    PEDIATRIA- Fernando Figueira

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  4. A respeito do fluxograma de tratamento de um caso supseito de Meningite (MGE) Bacteriana: as diretrizes assistenciais do Hospital Israelita Albert Einstein (2008) recomendam a coleta de hemoculturas e punção lombar em caráter de emergência e logo em seguida o início da administração de Corticóide (para crianças - dexametasona 0,4 mg por Kg) e da terapia antimicrobiana empírica, que deve ser prosseguida em caso de LCR compatível com MGE bacteriana.

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  5. Segundo o Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (2005), o diagnóstico de MGE bacteriana pode ser feito através do estudo do LCR, e também por hemocultura, raspado de lesóes petequiais, urina e fezes. O guia refere que no caso de haver hipertensão intracraniana grave, aconselha-se a coleta de LCR por um especialista, ou mesmo o adiamento da coleta até a melhora do quadro, priorizando-se a análise de outros espécimes clínicos.

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  7. Para a paciente do caso em questão (10 anos), os agentes etiológicos clássicos para a faixa etária (após o período neonatal) têm sido pneumococos, meingococos e H. influenzae, e seu tratamento consistindo em:
    Penicilina cristalina 400.000 U/kg/dia, fracionada de 4/4hras ou 6/6 hras, EV + Cloranfenicol 100mg/kg/dia, 6/6 hras, EV.
    Ou
    Cefalosporina 3ª Geração: Ceftriaxona 80-100mg/kg/dia, 12/12 hras, EV ou Cefotaxima 100-200mg/kg/dia, 6/6hras, EV.
    PEDIATRIA - Fernando Figueira

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  9. (Aluna:Natália Dias)
    Outras causas de Hipertensão Intracraniana:
    1.Cérebro:Neoplasia;Encefalopatia metabólica; Hipóxia; Isquemia ; Encefalites/Cerebrite; Hiponatremia
    2.Intravascular/ Venoso: Trombose dos seios durais; Síndrome da veia cava superior; ICdireita ;Compressão jugular; Malformação artério-venosa; Pressão expiratória final positiva

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  10. (Aluna:Natália Dias)
    3.Intravascular/Arterial: Aneurisma; Crise convulsiva ;Hipertensão maligna ;Hipercapnia; Anestésicos inalados;hipóxia
    4.Líquor: Hidrocefalia ; Pseudo tumor cerebral; Cisto aracnóide; Obstrução de shunt; Neoplasia de plexo coróide
    5.Outros: Hematoma;Corpo estranho; Tumores; Pneumocéfalo ;Craniostenose
    Hipertensão intracraniana em pediatria: Revisão sobre fisiopatologia, monitorização e tratamento.
    RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva/Volume 14 - Número 2 - Abril/Junho 2002.
    PARA LER MAIS:http://rbti.org.br/rbti/download/artigo_20107121554.pdf

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  11. Aluna: Natália Seixas
    Como a febre ajuda na defesa do organismo? Primeiramente, são os pirógenos secretados por bactérias tóxicas ou os pirógenos liberados pelo próprio tecido do organismo em degeneração, que provocam febre durante condições patológicas. Na corrente sanguínea, os pirógenos provenientes das toxinas bacterianas são fagocitados e ocorre a digestão dos seus produtos, em seguida, é liberada nos líquidos corporais a interleucina-1, também conhecida como pirógeno leucocitário ou pirógeno endógeno. A interleucina-1 ao atingir o hipotálamo, produz imediatamente febre, elevando a temperatura corporal em apenas 8 a 10 minutos.Vários experimentos recentes sugeriram que a interleucina-1 provoca febre ao induzir, inicialmente, a formação de uma prostaglandina ou de uma substância semelhante, que atua sobre o hipotálamo, desencadeando a reação febril. E como essa reação pode beneficiar o organismo? A febre, independente de sua causa, aumenta o metabolismo, visto que todas as reações químicas no organismo aumentam suas velocidades, em média, por cerca de 120% para cada elevação de 10°C na temperatura. Além disso, essa elevação na temperatura corporal inibe tanto a replicação viral quanto bacteriana, reduzindo, portanto a infectividade do patógeno.
    Fonte: Tratado de fisiologia médica – Guyton e Hall.

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  12. Aluna: Mirla de Sá
    Com relação ao seguinte ponto: meningite é mais frequente em que faixa etária?
    Mais de 80% dos casos são observados em menores de 15 anos, com predomínio em crianças menores de 4 anos.
    PEDIATRIA - Fernando Figueira

    Dado corroborado pela informação obtida do livro Doenças Infecciosas e Parasitárias - Ricardo Veronesi, que afirma a ocorrência da doença em cerca de dois terços dos casos antes dos 15 anos de idade.

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  13. Resultado do Hemograma de Jandira:
    Hb 12,0g/dL; Htc:35% RDW 13,2%
    Leucocitos: 27000/µL, metamielócitos 270, bastões 3249, segmentados 19980, eosinófilos 0, Linfócitos típicos 3249, monócitos 270.
    Plaquetas: 235000/µl
    SV - normocitose, normocromia
    SB - presença de granulações grosseiras em vários neutrófilos.

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  15. Fisiopatologia da Hipertensão Intracraniana:
    Em situações de hemorragia ou infecção, como a meningite, grande número de hemácias e leucócitos aparecem subitamente no líquido cefalorraquidiano e podem causar um grave bloqueio dos pequenos canais de absorção de LCR que atravessam as vilosidades aracnóides, responsáveis pela difusão do LCR pelo sistema nervoso.
    O bloqueio acarretaria acúmulo de LCR no espaço intracraniano, elevando a pressão no mesmo.
    Fonte: TRATADO DE FISIOLOGIA MÉDICA - Guyton & Hall (11ª edição, capítulo 61)

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  16. Aluna: nayara menezes
    a respeito das vacinas:
    1)Vacina contra haemophilus influenzae tipo b (Hib) ou tetravalente --> previne infecções invasivas causadas por este patógeno (meningite, otite, pneumonia, septicemia, otite). Faz parte do calendário básico de vacinação infantil e está recomendada no esquema de três doses com intervalo de 60 dias (2, 4 e 6 meses de idade). Utilizada em conjunto com a vacina DPT, compondo a vacina tetravalente. Reações adversas estão relacionadas a hipersensibilidade e são raramente vistas.
    vacina contra o bacilo de koch (BCG)--> previne contra as formas graves de tuberculose através da inoculação do bacilo mycobacterium bovis. O esquema recomendado é uma dose ao nascer e outra dose de reforço entre os 6 e 10 anos de idade. Contra-indicada em pacientes portadores de HIV (em menores de 13 avaliar parâmetros clínicos e risco epidemiológico), nos portadores de imunodeficiência congênita e nos trabalhadores de saúde reatores à prova tuberculínicas (acima de 10mm). Dentre os eventos adversos temos abscesso subcutâneo, cicatriz quelóide, reação lupóide.
    Fonte: Guia de vigilância do Ministério da Saúde.

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  17. Há também vacinas contra neisseria meningitidis e Streptococos pneumoniae.

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  18. Aluna: Mayra Vieira
    Agentes etiológicos da meningite por idade:
    - Neonatos: E. coli e Streptococus do grupo B respondem por mais de 80% dos casos. Listeria monocytogenes e outras enterobactérias completam o espectro.
    - Entre 1m e 5a de idade: S. pneumoniae (formas mais graves), N. meningitidis (forma epidêmica).
    O H. influenza ERA comum na faixa até 5a de idade, mas com o emprego de vacinas conjugadas no Brasil, faz alguns anos que este agente já não é mais tão frequente.
    FONTE: Pediatria - Fernando Figueira, 3ª ed.

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  19. Tratamento da Meningite meningocócica:
    - Penicilina Cristalina, 300.000 a 500.000UI/kg/dia, com dose máxima de 24.000.000UI/dia, IV, fracionada em 3/3 ou 4/4 horas, durante 7 a 10 dias;
    - Ampicilina, 200 a 400mg/kg/dia, até no máximo de 15g/dia, IV, fracionada em 4/4 ou 6/6 horas, durante 7 a 10 dias.
    - Em casos de alergia, usar Cloranfenicol, na dose de 50 a 100mg/kg/dia, IV, fracionada em 6/6 horas.
    FONTE: Doenças infecciosas e parasitárias - guia de bolso (Ministério da Saúde, 2010)

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  20. Sinal de Kernig – resposta em flexão da articulação do joelho, quando a coxa é colocada em certo grau de flexão, relativamente ao tronco. Há duas formas de se pesquisar esse sinal:
    • paciente em decúbito dorsal – eleva-se o tronco, fletindo-o sobre a bacia; há flexão da
    perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia; e,
    • paciente em decúbito dorsal – eleva-se o membro inferior em extensão, fletindo-o sobre
    a bacia; após pequena angulação, há flexão da perna sobre a coxa. Essa variante chama-se,
    também, manobra de Laségue.
    Sinal de Brudzinski – flexão involuntária da perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia, ao se tentar fletir a cabeça do paciente.
    Crianças de até 9 meses poderão não apresentar os sinais clássicos de irritação meníngea.
    Nesse grupo, outros sinais e sintomas permitem a suspeita diagnóstica, tais como: febre, irritabilidade ou agitação, choro persistente, grito meníngeo (criança grita ao ser manipulada, principalmente, quando se flete as pernas para trocar a fralda) e recusa alimentar, acompanhada ou não de vômitos, convulsões e abaulamento da fontanela.
    FONTE: Guia de Vigilância Epidemiológica, 7ª Edição (Ministério da Saúde, 2010)

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  21. Aluna: Mariana Barros
    Sobre outra etiologia de Hipertensão Intracraniana, destacam-se as Hemorragias Meníngeas. Elas são definidas por um sangramento no espaço subaracnóide. As hemorragias meníngeas constituem menos de 10% dos acidentes vasculares cerebrais depois dos 45 anos, ao passo que constituem mais de 50% dos casos antes dos 35 anos. O principal sintoma é a cefaleia, notável por sua intensidade; rapidamente difusa, pode ter um início localizado, relacionado ao ponto de origem da hemorragia. A cefaleia é rapidamente seguida de vômitos. A rigidez meníngea (sinal de Kernig, sinal de Brudzinski)é, particularmente, acentuada na nuca, mas por vezes só surge após algumas horas. Sinais neurológicos de localização devem ser cuidadosamente pesquisados. Podem estar inteiramente ausentes.A ausência de febre é um sinal negativo importante, porém podem ser observadas secundariamente manifestações sistêmicas de origem central: elevação da temperatura, crise hipertensiva, hiperglicemia transitória... este dado difere do apresentado pela paciente, já que a febre dela precedeu a cefaleia.
    FONTE: Manual de Neurologia- Cambier, Masson e Dehen

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  22. Entre as etiologias das hemorragias meníngeas, encontram-se as Malformações arteriovenosas (MAV). Tratam-se de malformações congênitas mais ou menos complexas, ligadas à persistência de comunicações diretas entre artérias e veias, na ausência de uma rede capilar. A zona de comunicação arteriovenosa é o ponto frágil exposto ao desenvolvimento de tromboses e, sobretudo, à ruptura. Embora se acredite que a lesão esteja presente desde o nascimento na maioria dos pacientes, um sangramento ou outros sintomas são mais comuns entre 10 e 30 anos de idade, e, às vezes, somente na sexta década. As MAV são mais frequentes em homens, e descreveram-se casos familiares raros. (HARRISON- Medicina Interna, 17ª ed)
    FONTE: Manual de Neurologia- Cambier, Masson e Dehen

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  23. Só para complementar o que Natália postou sobre o mecanismo de defesa da febre...Ação da febre nas funções da resposta imune:
    a) aceleração da quimiotaxia de neutrófilos e da secreção
    de substâncias antibacterianas (peróxidos,
    superóxidos, lisozima e lactoferrina);
    b) aumento da produção e das ações antiviral e
    antitumoral dos interferons;
    c) estimulação das fases de reconhecimento e sensibilização
    da resposta imunológica, resultando em
    uma interação mais eficiente entre macrófago e
    linfócito T e maior proliferação destes últimos. As
    fases efetoras da resposta imune, como a citotoxicidade
    de linfócitos T e NK, são inalteradas ou
    mesmo deprimidas pelo aumento de temperatura;
    d) diminuição da disponibilidade de ferro, a qual limita
    a proliferação bacteriana e de alguns tumores. Este
    fenômeno é causado pela hipotransferrinemia da
    Reação de Fase Aguda, pelo aumento da afinidade do Fe pela
    lactoferrina intracelular e pela menor produção de
    proteínas quelantes de ferro pelas bactérias.
    FONTE: Voltarelli, J.C. Febre e inflamação. Medicina, Ribeirão Preto, v. 27, n. 1/2, p. 7-48, jan./jun. 1994

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  24. em relação à conduta no caso de um paciente com meningite bacteriana:
    -medidades gerais: restaurar volemia através da administração de fluidos e eletrólitos e obtenção de uma via segura para administração de medicação antibiótica ou de outra natureza;
    -manter a temperatura< 37.5º através da administração de antitérmicos;
    -se o pct estiver com baixo nível de consciência, passar sonda enteral para ministrar dieta e medicamentos;
    -controlar o volume urinário;
    -cuidados gerais: higiene de orifícios naturais, mudar o decúbito, monitorar pulso, pressão arterial, temperatura, respiração e nível de oxigenação

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  26. -iniciar antibioticoterapia empírica e corticóides(principalmente na infância pois apesar de não afetar a mortalidade faz com que a febre ceda mais rapidamente e diminui a incidência de surdez neurossensorial e outras sequelas neurológicas).
    -realizar exames complementares para confirmar o diagnóstico, determinar o agente causador e assim, adequar o espectro do antibiótico.
    DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS-Sylvia Lemos

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  27. Aluna: Mariana Viana
    As infecções agudas do sistema nervoso devem ter um diagnóstico precoce e uma rápida instituição do tratamento para o melhor prognóstico do paciente. No caso da meningite a tríade clássica é febre, dor de cabeça e rigidez de nuca, que é um sinal patognomônico de irritação meníngea. Náuseas, vômitos e fotofobia também são comuns, assim com o rebaixamento do nível de consciência (75% dos pacientes). Essa doença pode evoluir rapidamente em algumas horas, ou de forma mais progressiva ao longo de dias. O diagnóstico de meningite bacteriana é definido pelo exame do LCR e o tratamento antimicrobiano empírico deve ser instituído imediatamente. Vale ressaltar que o médico deve estar atento as condições de segurança para realiza a punção lombar.
    MEDICINA INTERNA- Harrison (17 edição)

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  29. em casos de febre aguda + sintomas neurologicos como meningismo,rebaixamento de consciencia(encefalopatia) ou sinais focais devemos considerar outras febres hemorragicas como leptospirose(anicterico ou não,sinais de IRA) ,febre maculosa e dengue.
    Considerando dessa forma o diagnostico mesmo que epidemiologico precoce e tratamento empirico.
    Ressalta-se a necessidade de controle de etiologia(sorologia/virologia) para casos graves e/ou novos.

    tratamento leptospirose:
    Todos os pacientes ictéricos com suspeita de leptospirose devem ser internados, devido
    ao potencial de gravidade desses doentes.
    Þ O item mais importante do tratamento da leptospirose é a manutenção do equilíbrio
    hidroeletrolítico e ácido-básico.
    a) HIDRATAÇÃO:
    É fundamental manter o paciente hidratado. Se for possível, deve ser feita hidratação oral,
    aumentando-se o aporte hídrico mesmo nos pacientes hidratados. Deve-se evitar a ingestão de
    sucos e refrigerantes, pelo risco de diarréia osmótica. A alimentação deve ser mantida.
    Os pacientes com doença de Weil são os que geralmente necessitam de hidratação venosa.
    b) TRATAMENTO DIALÍTICO:
    Critérios para indicação de diálise nos pacientes que desenvolvem insuficiência renal:
    - Uréia acima de 200mg/dl, acompanhada de piora clínica
    - Sobrecarga hídrica
    - Clínica de uremia (sangramento, pericardite, alterações do nível de consciência)
    - Hiperpotassemia (pouco comum) refratária ao tratamento clínico
    Na maioria das vezes opta-se pela diálise peritoneal, caso não haja contra-indicação.
    c) ANTIBIOTICOTERAPIA:
    É controverso o uso de antibiótico após quatro dias de doença, sendo bem estabelecido nos
    primeiros quatro dias. A maioria dos casos evolui para recuperação sem tratamento específico.
    Drogas usadas:
    - PENICILINA CRISTALINA 6 a 12 milhões de unidades/dia divididas em 6 doses, sendo
    indicada nos casos em que a via parenteral é necessária (principalmente nas formas ictéricas).
    - DOXICICLINA 100 mg 12/12 horas ou TETRACICLINA 25 a 50 mg/Kg/dia de 6/6
    horas: usadas em pacientes acima de oito anos nas formas leves. É contra-indicada em
    gestantes.
    - AMPICILINA 50 mg/Kg/dia: indicada para tratamento de casos leves em gestantes e em
    crianças.
    - ERITROMICINA 30 mg/Kg/dia: usada em pacientes alérgicos à penicilina.
    A duração do tratamento, independentemente do antibiótico usado, é de 5 a 7 dias.

    PROTOCOLO DE FEBRES HEMORRÁGICAS -SES MG

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